terça-feira, 31 de julho de 2007

Ferry-boat



Carros pagam cinco euros no ferry para S. Jacinto, JN

Ferry vai ser "estreado" no primeiro dia de Agosto, mas as viagens regulares são deverão arrancar no próximo dia 6.

A Câmara Municipal de Aveiro já definiu o tarifário do ferry-boat que vai começar a funcionar na quarta-feira, primeiro dia de Agosto, conforme prometeu o presidente da autarquia, Élio Maia, na última reunião de Câmara. Na altura, o autarca não quis adiantar pormenores relativamente aos preços para passageiros e viaturas, reservando a informação para um comunicado que hoje deve ser emitido, mas segundo apurou ontem o Jornal de Notícias, os carros vão pagar cinco euros (viagens de ida e volta) e os passageiros cerca de dois euros (o mesmo que actualmente pagam nas lanchas que fazem a ligação forte da Barra-S.Jacinto).

O condutor do carro não paga bilhete. E as crianças, idosos e deficientes vão ter preços mais acessíveis.O ferry, apelidado de "Cale de Aveiro", vai ser "estreado" na 4ª feira, ainda não se sabe se com público ou apenas com representantes de entidades oficiais e jornalistas, mas só deverá entrar em normal funcionamento na próxima segunda feira, dia 6, segundo revelaram ao JN.

Ainda segundo as mesmas fontes, tudo indica que o ferry irá funcionar hora a hora no mês de Agosto, especialmente durante o dia, ficando posteriormente com um mínimo de cinco viagens por dia duas de manhã, duas à tarde e uma à noite.

A Câmara de Aveiro ou a MoveAveiro, a empresa municipal de mobilidade, devem nas próximas horas revelar os horários.Um barco com capacidade para transportar em simultâneo passageiros e viaturas é um sonho antigo dos aveirenses, especialmente dos residentes em S. Jacinto, que são obrigados a percorrer meia centena de quilómetros por estrada para chegar a Aveiro. As lanchas são um "serviço mínimo", mas devido aos horários e aos transferes são uma solução que deixa pouca autonomia aos utentes.

O ferry foi comprado, em 2002, pelo executivo camarário liderado por Alberto Souto à empresa privada que assegurou a travessia no rio Douro após a queda da ponte em Entre-os-Rios. Custou cerca de meio milhão de euros, mas precisou de reparações, que custaram mais de 350 mil. Este foi um dos motivos que atrasou o processo. Outro foi os terminais de embarque.

Histórias de Aveiro


Vale a pena visitar.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

1.ª Bicicletada Aveiro em 31 de Agosto

Vamos organizar o lançamento da 1.ª Bicicletada de Aveiro na última sexta-feira de Agosto.


Fica já combinado dia 31 de Agosto, sexta feira, às 18h na Ponte-praça.

Quem não tiver bicicleta pode ir buscar uma BUGA!


terça-feira, 24 de julho de 2007

Adesão

Se quiser aderir e apoiar a dinamização envie o seu contacto
massacritica.aveiro@gmail.com

as BUGAs no NYT

As BUGAs em notícia sobre Aveiro no suplemento de viagens do jornal New York Times (24 de Junho 2007).

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Material de divulgação - Bicicletada


Da Bicicletada de Lisboa.

Material de divulgação - Bicicletada


Da Bicletada de Coimbra.

As BUGAS - Porque não se anda mais de bicicleta em Aveiro?

Opinião
As Bugas de Aveiro ou Aveiro e as Bugas
por Ana Salgueiro Narciso Ribeiro

Infelizmente, nunca se chega a perceber se este é um assunto gasto ou um assunto pouco desenvolvido. As Bugas de Aveiro, tal como outras matérias urbano-políticas de primeira página, muito prometem ao imaginário colectivo e pouco, afinal, acabam por dar. Supostamente, a Bicicleta de Utilização Gratuita deveria colaborar na construção da imagem de uma nova cidade de Aveiro, sempre a mesma nas suas particularidades, mas a cada instante sempre uma nova, outra cidade, chamando a atenção pela sua capacidade de olhar o futuro de frente, potenciando o que em si é único.
Cidade da luz e da água, evocando imagens do passado, cidade dos espaços e das possibilidades desses espaços, cidade do futuro.
É fácil acreditar nesta possibilidade, porque é fácil verificar que noutras cidades da Europa foi possível criar uma imagem positiva de um país e da sua consciência colectiva ambientalmente desperta, através, nomeadamente, da existência da bicicleta como um modo de transporte que liberta centros de cidades asfixiados.
As pessoas necessitam de trabalhar e de se deslocar e privilegiam formas de o fazer com comodidade. E só estudando hábitos e comportamentos é possível estudar soluções que depois resultem. Ou seja, a lógica de marketing deve funcionar também para o incentivo aos modos de transporte ambientalmente sustentáveis, de entre os quais a bicicleta é exemplo privilegiado para as curtas distâncias em meio urbano. Porque é rápida, ecológica e faculta bem-estar, saúde e uma sensação de liberdade. Estas são as razões assumidas por quem faz deste o seu modo de transporte de eleição, quer se enquadre nos 26% das viagens da cidade de Amesterdão ou nos 1% das viagens da cidade de Barcelona.
Ao circular por esses espaços urbanos e conhecendo um pouco da história e do estado actual de desenvolvimento social e económico desses países, não é difícil perceber que a implementação da bicicleta, enquanto alternativa para viagens de curta distância, foi ainda assim um processo de alguma morosidade. Foi necessário criar todo o tipo de condições infraestruturais que permitam aos utentes circular em segurança, comodidade e continuidade ao longo dos trajectos criados, estabelecendo diversos tipos de complementaridades para que o sistema possa funcionar com eficácia.
Deste modo, e mais do que fazer uma crítica sobre o funcionamento do sistema de BUGAS em Aveiro, urge perceber como se consegue fazer que um sistema deste tipo funcione e sirva para alguma coisa e compreender, de uma vez por todas, porque é que em Aveiro ele não funciona.
Só através de vários tipos de cuidados, quer nas complementaridades com espaços e actividades, quer nas características físicas do próprio sistema, é possível criar viragens significativas nas mentalidades e nos comportamentos.
Em primeiro lugar, facultar a utilização de bicicletas de utilização gratuita é apenas uma pequena parte do sistema.
Para que ele funcione, a criação de uma infra-estrutura que percorra as principais artérias da cidade em continuidade e segurança e onde possam circular estas e outras bicicletas é parte basilar de todo o sistema. Ou seja, uma pista contínua, que permita a quem circula nela não ter que descer da bicicleta entre origem e destino e que garanta também que em qualquer ponto do trajecto o piso e a largura da pista são os recomendados e mais seguros e que as condições de iluminação (e segurança de uma forma geral) são as recomendadas pelos especialistas. Não é possível provar isso em Aveiro.
Depois, é fundamental compreender que todo o sistema viário da cidade deve ser reformulado e que as bicicletas não devem ser introduzidas como um apêndice mas sim como um elemento perfeitamente integrado. Como num organismo. Portanto, todos os elementos do sistema, dos transportes públicos aos passeios devem incluir as bicicletas como uma realidade que com eles se cruza, interage, complementa.
Não existem na cidade bons exemplos desta complementaridade e atenção. Desde passagens inferiores onde a calha destinada às bicicletas não funciona, até atravessamentos de vias pensados por quem provavelmente nunca andou de bicicleta.
É ainda fundamental garantir que a lógica de um circuito contínuo de pistas para ciclistas seja a ligação entre pontos importantes dentro da cidade e dentro das distâncias em que a utilização da bicicleta faz sentido. Se estamos a falar de por exemplo 3km, estamos a falar das ligações entre os principais equipamentos e os principais bairros da cidade. Universidade-Forca, Forca-Forum, Fórum-Estação, Fórum-Univerisdade, passando pelos parques, canais e outros locais e abrangendo, dentro do perímetro urbano, o maior número possível de cidadãos para as deslocações associadas com trabalho, escola ou lazer. Ora em Aveiro, apenas alguns privilegiados podem usufruir das infra-estruturas destinadas às bicicletas e não nas melhores condições, tal como já foi aqui apontado.
Se pensarmos na bicicleta estritamente por motivos de lazer, é ainda mais absurdo o facto de a ligação fácil e directa à zona das praias da Barra e Costa Nova não ter sido até agora promovida, facilitada e desenvolvida, quando poderia ser um elemento chave na vivência da cidade e na sua relação com o elemento água. É também fundamental garantir que nos locais de trabalho, de lazer e nas interfaces modais de transportes públicos (nas estações de comboio por exemplo) existem condições para estacionar as bicicletas em segurança e até a possibilidade de tomar um duche antes de um dia de trabalho.
E finalmente, o desenvolvimento de actividades escolares com crianças e jovens que alertem para as vantagens e possibilidades deste meio de transporte como garantia de um melhor futuro, deve desempenhar um papel educativo e central a todo o processo.
As Bugas em Aveiro são uma prótese, uma prótese supostamente destinada a melhorar uma qualidade de vida que poderia e deveria ser entendida de uma outra forma, assumida de uma outra maneira.
Por isso o sistema não funciona. Porque não foi pensado como peça fundamental no contexto do funcionamento orgânico de todo um sistema de movimentações, trajectos e actividades.
Como se costuma dizer esse é outro filme, em função do qual as Bugas são apenas uma curta-metragem. Basta visionar realidades de outros países para perceber a insipiência da Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro.
As mentalidades e o déficit cultural da nossa população, para a qual andar de bicicleta continua a ser sinónimo de ‘pobreza’, não justificam em si a falência do sistema. São os políticos, os decisores de alocação de fundos municipais, que devem fazer um trabalho contínuo e persistente de educação e sensibilização, ao mesmo tempo que mostram e criam as situações que proporcionam uma real viragem nas mentalidades.
Senão vejamos. Como a um filho. Queremos que ele se porte bem e seja bom aluno na escola. Mas para isso criamos um bom ambiente em casa, regras, horas de dormir e de comer, de fazer os trabalhos de casa e de brincar. Com espaços próprios e organizados para o desenvolvimento de cada uma destas actividades, com liberdade e euforia, mas com rigor.
As BUGAS em Aveiro.
No fundo trata-se de uma oportunidade oportunamente perdida, porque os aveirenses podem sempre dizer que Aveiro tem Bugas mas não podem dizer, de todo, que Aveiro é a Capital da Bicicleta.
E o que custa mais ao cidadão comum esclarecido e pronto a participar na construção de um futuro melhor é sentir-te ludibriado, sentir que o prometido não foi, impunemente, devido e que seria afinal tão simples criar um panorama diferente, onde Aveiro pudesse, de facto, fazer a diferença.
Mas quantas coisas em Portugal não são afinal assim?

Manifesto

Um grupo de cidadãos de Aveiro encontra-se a organizar um movimento voluntário de apoio à bicicleta, designado por "Massa Crítica Aveiro". Este movimento enquadra-se numa iniciativa a nível mundial http://critical-mass.info/ e, em Portugal, Aveiro será a 4.ª cidade a organizar (para além de Lisboa, Porto e Coimbra).

A principal actividade deste movimento é a organização de um "passeio ciclável" que ajude a "divulgar e promover o uso da bicicleta e outros veículos não motorizados como meios de transporte viáveis e a criar condições favoráveis ao uso da bicicleta como meio de transporte e finalmente tornar mais ecológica e saudável a mobilidade urbana". Esta actividade realiza-se sempre na última sexta-feira de cada mês, pelas 18h, num local central da cidade.

Para dar apoio a esse movimento foi criado um pequeno blogue (http://massacritica-aveiro.blogspot.com/).

Gostaríamos de mobilizar os cidadãos de Aveiro para participar neste movimento...

Bicicletada


Do blogue Massa Crítica da Região Centro:


O que é uma bicicletada?

Uma Bicicletada é um passeio de bicicleta, patins, trotinetes, “skates” e afins pelas ruas da cidade para promover a qualidade de vida urbana.


Para que servem as bicicletadas?

Divulgar e promover o uso da bicicleta e outros veículos não motorizados como meios de transporte viáveis;Criar condições favoráveis ao uso da bicicleta como meio de transporte – tornando as cidades mais hospitaleiras;Tornar mais ecológica e saudável a mobilidade urbana.


Quem organiza a bicicletada?

Em Portugal é promovida pela Massa Crítica (MC), uma “coincidência não organizada”. É um conjunto não hierárquico de cidadãos que cooperam para realizar estes passeios. A MC é apartidária, não representa ou segue qualquer orientação ideológica nem tem fins lucrativos.


Onde se realizam?

As Bicicletadas realizam-se em Lisboa, Porto, Coimbra e em mais cerca de 350 cidades de todo o mundo. Em Lisboa têm início no Marquês de Pombal, no Porto começa na Praça dos Leões e em Coimbra no Largo da Portagem.


Quando se realizam?

As Bicicletadas realizam-se sempre na última sexta-feira de cada mês, às 18h em Lisboa, às 18h30 no Porto e às 18h em Coimbra, faça chuva ou faça sol.


Quem pode participar?

Qualquer pessoa animada pelas mesmas intenções que a MC pode participar. Basta aparecer no local e hora habituais com a sua bicicleta ou veículo similar. Se quiser trazer um/a amigo/a tanto melhor.


O trajecto de uma bicicletada é difícil?

Não. É sempre um percurso urbano traçado para poder ser cumprido por qualquer condição física. A velocidade é sempre baixa, determinada pelo mais lento dos participantes. Habitualmente o passeio dura 1,5 ou 2 horas.

Princípios

A Massa Crítica, por ser um movimento que resulta da interacção casual e expontânea daqueles que nele participam, vive de uma liberdade e adaptabilidade extraordinárias bem patentes nos princípios pelos quais se rege:

  • Não há hierarquia de cargos.
  • As decisões são tomadas por consenso.
  • A Bicicletada é uma organização apartidária, não-comercial que não visa lucro material ou financeiro.
  • A participação é aberta a qualquer pessoa ou entidade interessada que esteja de acordo com os objectivos do movimento.
  • Para participar da Bicicletada, basta comparecer no local combinado, no dia e hora marcados.
  • Não é preciso fazer qualquer tipo de inscrição ou pagar qualquer taxa.
  • Os roteiros são decididos na hora e podem ser realizados por ciclistas de todos os níveis, inclusive principiantes.
  • Se é automobilista e não pode participar da Bicicletada pedalando, correndo, andando de skate, patins, cadeira de rodas, atrelado...o seu apoio também é bem vindo, seja divulgando a causa, seja respeitando o ciclista no seu dia a dia.

Alguns trajectos possíveis




circuito das BUGA


sábado, 21 de julho de 2007